Cerveja sem álcool:sim ou não?

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Daniela Meira

Fiquei um tempo sem ingerir bebida alcoólica para dar um “refresco” para o corpo. O que me chamou a atenção foi a reação das pessoas. Se você está numa festa ou almoço de fim de semana e diz que não quer tomar vinho ou cerveja, as pessoas te olham como se você estivesse colocando catchup na pizza… (rsrsrrs brincadeirinha com os cariocas… sou paulista, tá!). Encontrei um momento de paz nas festas, quando fui bem recebida tomando uns copos de cerveja sem álcool. Ninguém te olha torto porque você está incluída na rede social… Interessante, né?

Fui, então, perguntar para minha amiga Fernanda Cabral, que também é nutricionista, e saber sobre as cervejas com e sem álcool e o que esta última tem de bom. veja o que me mostrou…

Você já deve ter escutado que a cerveja sem álcool faz bem à saúde, certo? Mas será que faz mesmo? Como será que isso funciona? Então, aqui vamos tirar suas dúvidas e esclarecer esta questão!

Sim! A cerveja sem álcool pode fazer bem à saúde! Por ter menos calorias que a versão alcoólica, ela surge como uma opção de bebida leve. Ela tem quase a metade das calorias da versão tradicional.

E é rica antioxidantes, devido ao lúpulo, que possui polifenóis, substâncias também encontradas no chocolate amargo, morango e uva, por exemplo. Estes polifenóis auxiliam na prevenção do envelhecimento precoce e na geração de energia dentro da célula.

A cerveja sem álcool possui ainda vitaminas do complexo B e ácido fólico, originados a partir das leveduras nela presentes.

Por mais estranho que possa parecer, é uma bebida comum, sem aditivos químicos, natural e hidratante. Rica em nutrientes.

Alguns estudos têm mostrado seus benefícios quando consumida no pós-treino.

Noventa e cinco por cento da sua composição é água. Ela é hidratante e possui vitaminas e minerais, atuando como um isotônico. Além de ter carboidratos, fornecendo a energia necessária neste momento.

Um outro estudo, feito na Alemanha, mostrou ainda uma propriedade anti-inflamatória, reduzindo inclusive as dores musculares nos atletas, principalmente de maratonistas, ciclistas e nadadores.

Pesquisadores alemães, de acordo com o periódico científico “Medicine and Science in Sports and Exercise”, em 2013, mostraram que corredores que incorporaram a bebida à sua rotina por algumas semanas antes e depois da competição, apresentaram redução do quadro inflamatório, que causa a dor muscular tardia e incidência de gripes e resfriados. Esses problemas são extremamente comuns em praticante modalidades de longa duração como corrida, ciclismo e natação.

De um modo geral, não há contraindicações ao seu consumo. Lembramos apenas que como todo alimento e bebida, seu excesso também não é recomendado.

É preciso ter cuidado apenas para os intolerantes ao glúten ou celíacos, uma vez que a cerveja contém glúten, já que contém cevada em sua composição.

Há ainda o benefício emocional! A sensação gostosa de poder tomar uma cervejinha sem culpa, até mesmo durante o almoço, em um dia de trabalho! Uma boa oportunidade para os bons apreciadores da bebida!

Ainda há muito preconceito simplesmente pelo nome “cerveja”, mesmo sendo sem álcool. Mas seu consumo tem crescido em todo o mundo. No Brasil, nos últimos 5 anos o aumento nas vendas foi de 5%.

E aí? Vamos tentar?

fotos: Daniela Meira

(Fernanda Cabral é nutricionista, Chef Patissier e amante da gastronomia. Formada em Nutrição pela Universidade Federal Fluminense e em confeitaria francesa pelo Le Cordon Bleu – Paris)

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